Uma mulher que atuava como cozinheira em um garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, foi condenada pela Justiça Federal por transportar ouro sem autorização. Ela foi flagrada com 6,1 gramas do minério em março de 2023, durante a Operação Libertação, da Polícia Federal.
De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), responsável pela denúncia, a mulher estava saindo da área pelo rio Mucajaí quando foi abordada por agentes. O ouro, em estado bruto, pertence à União e não pode ser retirado sem licença legal.
Durante o interrogatório, ela confessou que o ouro era dela e que o havia retirado de uma área de garimpo na Terra Indígena Yanomami. Segundo depoimento, o valor seria usado para pagar sua passagem de retorno.
A Justiça considerou o crime de usurpação de bem da União, previsto na Lei nº 8.176/91, e fixou pena de um ano de detenção, convertida em prestação de serviços à comunidade, além do pagamento de multa.
O caso foi acompanhado pelo 2º Ofício da Amazônia Ocidental do MPF, unidade especializada no combate à mineração ilegal e outros crimes ambientais e econômicos na região.
