Com um emocionante reencontro familiar, a Defensoria Pública do Estado de Roraima (DPE-RR) deu início nesta quarta-feira (13) à 4ª edição da campanha nacional “Meu Pai Tem Nome”, com atendimentos em sete municípios do interior.
Em Pacaraima, a campanha começou com a história de Jonatas de Oliveira Maia, de 30 anos, que foi oficialmente reconhecido por seu pai biológico, Orlando Jesus, de 57.
O pai atravessou a fronteira da Venezuela exclusivamente para participar do ato de reconhecimento.
“Eu só tinha o sobrenome da minha mãe e do meu ex-padrasto. Agora, com a ajuda da Defensoria, retirei o sobrenome do ex-padrasto e incluí o do meu pai. Foi um momento muito esperado”, relatou Jonatas.
Na ocasião, o defensor público-geral, Oleno Matos, ressaltou a importância de levar o serviço à população do interior.
“Nossa missão é estar onde o cidadão precisa, especialmente em regiões mais distantes. Estar em Pacaraima e acompanhar de perto os atendimentos reforça isso”, afirmou.
No primeiro dia da ação, foram 131 atendimentos distribuídos entre as seguintes comarcas:
- Rorainópolis: 36 atendimentos
- Caracaraí: 34
- Alto Alegre: 14
- Pacaraima: 14
- São Luiz do Anauá: 14
- Mucajaí: 11
- Bonfim: 8
A campanha segue até este sábado (16), com o “Dia D” em Boa Vista, quando os atendimentos ocorrerão das 8h às 17h na sede cível da DPE-RR.
Além do atendimento presencial, a ação também abrange a população carcerária. Nesta quinta-feira (14), foi realizado um mutirão no sistema prisional de Rorainópolis, e nesta sexta (15), a equipe estará na Penitenciária Agrícola de Monte Cristo (PAMC), na capital, onde fará atendimentos e coleta de material para exame de DNA.
Entre os serviços oferecidos estão:
- Reconhecimento de paternidade/maternidade (biológico ou socioafetivo)
- Mediações familiares
- Reconhecimento pós-morte
- Reconhecimento litigioso (em casos sem acordo)
- Coleta de material para exames de DNA
- Orientação jurídica
A defensora pública Christiane Leite, coordenadora da ação, destacou a importância do trabalho no interior.
“Questões de filiação envolvem estrutura familiar e sentimentos profundos. Muitas vezes há um vazio pela ausência do nome do pai ou da mãe no registro. Levar esse serviço para as comarcas facilita o acesso e aproxima o atendimento de quem mais precisa”, afirmou.
Para o Dia D, já há mais de 160 atendimentos agendados, superando os 143 do ano passado. Como o atendimento será aberto ao público, a expectativa é ultrapassar os 300 atendimentos de 2024.