Em nova ofensiva contra o garimpo ilegal, a Casa de Governo e o Comando Operacional Conjunto Catrimani II destruíram, nesta semana, duas pistas de pouso clandestinas e inutilizaram uma aeronave na Terra Indígena Yanomami (TIY), com apoio da Marinha, Força Aérea Brasileira (FAB), Exército Brasileiro (EB) e Força Nacional de Segurança Pública (FNSP).

Na segunda-feira (1º), foi realizada a Operação Hena, que destruiu a pista conhecida como “Cascalho Novo”, dentro da TIY. A estrutura foi inutilizada com o uso de explosivos, que abriram crateras e inviabilizaram o uso do local por aeronaves do garimpo.

Na terça-feira (2), durante a Operação Haru, militares neutralizaram a pista “Labilaska”, também localizada no território indígena. No local, foram encontrados vestígios recentes de atividade criminosa, como pegadas, marcas de pneus de quadriciclo, garrafas, caixas de suprimentos, além de antenas danificadas e corotes de combustível.

Essa mesma pista já havia sido alvo de uma ação em 29 de agosto, quando um avião Cessna 182 com certificado de aeronavegabilidade suspenso foi inutilizado. O piloto foi preso em flagrante, levado à Polícia Federal, e teve a prisão preventiva decretada pela Justiça.

Também foram apreendidos dez cartuchos de munição calibre 20, um GPS, um localizador via satélite, uma antena de comunicação e 50 ml de mercúrio, substância tóxica usada no garimpo de ouro.

As ações integram o esforço da Casa de Governo, criada em fevereiro de 2024 e coordenada pela Casa Civil da Presidência da República, que reúne diversos órgãos federais para combater o garimpo e proteger os povos indígenas da região.

Desde o início da desintrusão, foram realizadas 6.983 operações, com 60 pistas clandestinas interditadas, 31 aeronaves destruídas e 8 apreendidas, resultando em um prejuízo estimado de R$ 486 milhões ao garimpo ilegal.