Entre 2023 e 2025, operações coordenadas pelo governo federal contra o garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY) causaram prejuízos superiores a R$ 477 milhões aos criminosos. As ações incluem apreensões de ouro, destruição de acampamentos, balsas, aeronaves, pistas clandestinas e combustíveis usados na atividade ilegal.

A Casa de Governo, criada em fevereiro de 2024 e coordenada pela Casa Civil da Presidência da República, contabilizou 6.425 ações de combate, fiscalização e apoio humanitário. Na semana passada, uma única apreensão de 103 quilos de ouro, em Boa Vista, foi avaliada em mais de R$ 60 milhões.

Desde o início da operação, foram destruídos 627 acampamentos, 207 embarcações, 101 balsas, 29 aeronaves e 59 pistas de pouso clandestinas. Também foram inutilizados mais de 112 mil litros de diesel e 12 mil litros de gasolina.

Em julho, o índice de áreas de garimpo ilegal na TIY caiu 98%. O governo atribui a redução a ações contínuas, como a Operação Asfixia, que em junho realizou 220 horas de voos para identificação e destruição de estruturas.

O ministro Rui Costa, da Casa Civil, afirmou que a gestão atual atua para reverter o cenário de “quatro anos de descaso e omissão”, que agravaram a crise humanitária entre os povos Yanomami, Ye’kwana e Sanöma.

A ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara, ressaltou o compromisso com ações permanentes e diálogo com as comunidades.