Cinco mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra três militares e uma mulher, nesta segunda-feira (3), durante a quarta fase da Operação Janus, que investiga policiais envolvidos em diversos tipos de crimes.
Os mandados, decretados pela 1ª Vara do Tribunal do Júri de Boa Vista, foram cumpridos nas residências dos acusados e em uma loja de celulares. A investigação apura as circunstâncias da morte de Fabrício Soares da Silva.
Em 9 de setembro de 2023, uma equipe do Batalhão de Operações Especiais (Bope) entrou na casa de Fabrício, onde ocorreu um suposto confronto, que resultou na morte do suspeito. Durante a operação policial, um celular pertencente à vítima foi furtado.
De acordo com o delegado João Evangelista, da Delegacia Geral de Homicídios (DGH), as investigações concluíram que o telefone foi vendido, dias após a ação, para uma mulher que se relacionava com um dos acusados.
A apuração apontou ainda vínculo entre a dona da loja de eletrônicos e um dos policiais militares que atuou na morte da vítima.
Segundo o delegado, o confronto não existiu e a cena do crime pode ter sido adulterada.
“O fato segue em investigação e atualmente encontra-se em fase de cumprimento de mandados de busca e apreensão com a finalidade de arrecadar mais elementos de provas”, disse João Evangelista.
A operação, realizada pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), foi coordenada por João Evangelista e contou com o apoio dos delegados Domingos Sávio, Luís Fernando e Jean Daniel. A ação teve o apoio do Grupo de Resposta Tática (GRT).
Outras fases
A terceira fase da Operação Janus ocorreu em 4 de dezembro, quando foram cumpridos mandados de busca e apreensão em residências de quatro militares suspeitos de assassinar Izaias de Souza Caetano, de 21 anos, em 8 de dezembro de 2023.
No fim de agosto, a Polícia Civil cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em residências de policiais militares investigados por forjar confrontos e executar as vítimas.
“Temos militares presos em decorrência da fase 1. Há outras atuações policiais sob investigação. Provavelmente, teremos mais fases da mesma operação”, disse, à época, o titular da DGH, João Evangelista.