A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) aprovou a inclusão de dois blocos localizados na Bacia do Tacutu, em Roraima, na próxima atualização do edital da Oferta Permanente de Concessão (OPC). Esta é a primeira vez que essas áreas serão oferecidas ao mercado, dentro de um pacote que totaliza 275 novos blocos exploratórios em todo o país.

A decisão foi tomada pela diretoria colegiada da ANP, e ainda passará por audiência pública marcada para 9 de outubro, antes da publicação final. No total, o edital poderá oferecer até 451 blocos — entre áreas inéditas e outras que voltaram a ser autorizadas após novos pareceres técnicos e ambientais.

A inclusão dos blocos em Roraima foi destacada pelo diretor Pietro Mendes, relator do processo, que ressaltou o ineditismo da oferta no Estado. Já a superintendente de Promoção de Licitações da ANP, Marina Abelha, mencionou descobertas recentes na porção da Bacia do Tacutu que pertence à Guiana como um fator que pode atrair interesse para os ativos brasileiros.

“Esses blocos nunca foram ofertados antes. A presença de descobertas na Guiana pode induzir o mercado a olhar com mais atenção para a área brasileira da bacia”, disse Abelha durante a reunião da diretoria.

Os novos blocos estão distribuídos por 11 bacias sedimentares, sendo 173 em terra e 102 no mar. Em terra, além dos dois blocos em Roraima, destacam-se 57 na Bacia do Recôncavo (BA), 33 na Potiguar (RN), 24 no Parnaíba (MA/PI), 36 no São Francisco (MG/BA) e 21 na Tucano Sul (BA), além de cinco áreas de acumulação marginal.

No mar, as principais inclusões são 88 blocos na Bacia de Santos (SP), sete na do Ceará, cinco na do Espírito Santo e dois na de Campos (RJ).

A ANP frisou que não houve mudança nas regras da concessão, apenas uma ampliação da lista de ativos disponíveis. O objetivo é ampliar o leque de áreas disponíveis para empresas interessadas em explorar petróleo e gás no Brasil.

Com informações da Agência Infra