Rosimeiry Samuel Franco, uma roraimense de 30 anos, foi encontrada morta em Ho Chi Minh, Vietnã, no sábado (3). Desde julho de 2024, ela estava no país asiático com seu namorado, um irlandês naturalizado que agora está sob custódia policial. O Itamaraty está acompanhando o caso e a família busca informações sobre as circunstâncias da morte.
Rosimeiry, que morou na Irlanda por sete anos, havia se mudado para o Vietnã após seu namorado receber uma proposta de emprego. Antes, ela trabalhava como vendedora de pacotes de intercâmbio em uma escola de idiomas. A imprensa local noticiou que ela foi encontrada nua em uma rua do bairro Long Binh, um dos distritos de Ho Chi Minh.
O Itamaraty informou que acompanha a situação por meio da Embaixada do Brasil em Hanói, fornecendo suporte para a família, que aguarda a liberação do corpo. A polícia vietnamita é conhecida por sua rigidez, o que dificulta a obtenção de informações detalhadas sobre o caso. Enquanto isso, a família tenta juntar o dinheiro necessário para trazer o corpo de Rosimeiry de volta ao Brasil.
Campanha
A família de Rosimeiry iniciou uma campanha de arrecadação de fundos nas redes sociais para cobrir os custos do translado do corpo ao Brasil. Estima-se que serão necessários R$ 80 mil para o transporte até São Paulo, uma distância de aproximadamente 4.626 km de Boa Vista, capital de Roraima, onde ela nasceu. Até agora, foram arrecadados R$ 10 mil por meio de doações de amigos e apoiadores.
O primeiro passo é a organização dos documentos necessários, o que já foi iniciado com o auxílio da Embaixada Brasileira no Vietnã.
Amigas de Rosimeiry na Europa também estão promovendo campanhas de arrecadação para cobrir os custos. A família está em frequente contato com a polícia e a embaixada, aguardando a finalização do inquérito e a liberação do corpo.
O processo de translado de um corpo de uma pessoa morta em um país estrangeiro envolve várias etapas complexas e custosas. A legislação local muitas vezes requer múltiplas autorizações, e o suporte das autoridades consulares é essencial para facilitar esses procedimentos. No caso de Rosimeiry, as leis rígidas do Vietnã tornam o processo ainda mais delicado e prolongado.
Conforme o Decreto 9.199/201, o translado dos restos mortais de brasileiros no exterior é uma decisão da família e não pode ser custeado com fundos públicos, portanto, a arrecadação de fundos é crucial.
Com informações de O Antagonista