Roraima tem o pior desempenho do país no cumprimento do piso salarial nacional do magistério, segundo dados do Anuário Brasileiro da Educação Básica 2025, divulgado nesta quinta-feira (25). Apenas 33,3% dos municípios do Estado pagaram, em 2023, o valor mínimo de R$ 4.420,44 estipulado para professores da rede pública com jornada de 40 horas semanais.
O piso nacional é obrigatório desde 2008 e deve ser seguido por todas as redes públicas de ensino. No entanto, um terço dos municípios brasileiros ainda não cumpre a regra. Roraima aparece ao lado do Espírito Santo (37%) entre os estados com os piores índices do país.
Mesmo quando o piso é respeitado, os professores seguem com rendimentos abaixo da média de outros profissionais com o mesmo nível de escolaridade. Em 2024, o rendimento médio dos docentes da rede pública foi de R$ 5.481,01, o que representa 86,1% da média dos demais profissionais com diploma superior.
A defasagem salarial vem diminuindo ao longo dos anos. Em 2014, os professores ganhavam 71% da média de outros trabalhadores graduados. O índice subiu para 83% em 2022, atingiu 87% em 2023 e caiu ligeiramente em 2024.
Para 2025, o piso do magistério foi reajustado para R$ 4.867,77, valor que deverá ser pago por todos os estados e municípios. O cumprimento da legislação, porém, ainda é um desafio em boa parte do país.
