A Polícia Federal cumpriu, nesta sexta-feira (17), um mandado de busca e apreensão em Boa Vista como parte da nova fase da Operação Raubritter, que investiga um esquema de fraudes em licitações voltadas à educação indígena em Roraima. A medida foi autorizada pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJRR) e incluiu também a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão contra um dos investigados.

Segundo a PF, a nova etapa da operação foi motivada por informações obtidas na primeira fase, deflagrada em 4 de setembro, que indicaram o envolvimento de novos suspeitos no esquema. Há indícios de que produtos contratados em licitações não foram entregues integralmente, o que teria causado prejuízo de mais de R$ 4 milhões aos cofres públicos.

Na fase anterior da operação, a PF revelou que um contrato foi direcionado a uma empresa que alterou seu objeto social um dia antes da realização do pregão, com o possível objetivo de se habilitar à concorrência. A suspeita é de que a empresa tenha sido favorecida indevidamente e não tenha fornecido todos os itens contratados.

Entre os investigados em setembro estavam o secretário de Educação de Roraima, Mikael Cury-Rad, o ex-deputado estadual Masamy Eda e o empresário Rodrigo Salsicha, que já era alvo de investigações anteriores da Polícia Federal.

As informações sobre a nova fase foram divulgadas na tarde desta sexta-feira, mas a PF não deu mais detalhes sobre a operação desta semana.