BRASIL

Violência sexual em instituições de saúde: como denunciar?

O anestesista Giovanni Quintella Bezerra foi preso e autuado em flagrante por estuprar uma grávida inconsciente durante cesariana. O crime não é isolado e nem recente.

Dentro de um hospital referência no atendimento às mulheres gestantes e bebês, um médico anestesista estuprou uma grávida durante sua cesariana. O caso está assombrando mulheres dentro e fora da internet.

O crime aconteceu no Hospital da Mulher Heloneida Studart de Vilar dos Teles, em São João de Meriti, Rio de Janeiro, por Giovanni Quintella Bezerra.

Na madrugada de segunda-feira(11), o médico foi preso e autuado em flagrante pela delegacia Bárbara Lomba, da Delegacia de Atendimento à Mulher da cidade.

O crime cometido por Giovanni não é o único e nem é um novo. Um estudo feito pelo portal The Intercept, em 2019, revelou que foram registrados 1.734 casos de violência sexual em instituições de saúde entre 2014 e 2019.

Somente no estado de São Paulo, há 854 registros de estupros em 15 tipos de estabelecimentos, incluindo asilos, hospitais psiquiátricos, consultórios médicos e dentários, laboratórios e postos de saúde – sendo 16 estupros em CTIs e UTIs.

Se você sofreu algum tipo de violência, assédio ou abuso sexual em alguma instituição de saúde, saiba que a denúncia pode ser realizada diretamente na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (DEAM) mais próxima da casa da vítima ou em qualquer outra delegacia se não houver a especializada.

O agressor também pode ser denunciado administrativamente no seu respectivo Conselho Regional de Medicina e perante o hospital ao qual esteja vinculado profissionalmente, seja ele público ou privado, por meio da ouvidoria do estabelecimento, se a violação ocorrer no sistema público de saúde, a denúncia também pode ser realizada pelo portal http://Fala.BR, no qual diversas ouvidorias de estabelecimentos de saúde estão diretamente.

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