A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8% no segundo trimestre de 2025, o menor patamar já registrado na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), iniciada em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (31) e indicam melhora consistente no mercado de trabalho brasileiro.
O índice representa uma queda de 1,2 ponto percentual em relação ao trimestre anterior, quando estava em 7%. Em comparação com o mesmo período de 2024, a redução foi ainda maior — a taxa era de 6,9% naquele momento. O recuo atual equivale a 1,3 milhão de pessoas a menos em busca de emprego, totalizando 6,3 milhões de desocupados.
Simultaneamente, o número de pessoas ocupadas atingiu 102,3 milhões, crescimento de 1,8% no trimestre. O mercado formal também teve avanço expressivo: o número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39 milhões, o maior já registrado, com alta de 0,9% frente ao trimestre anterior.
A informalidade atingiu 37,8% da população ocupada — o menor índice desde o segundo trimestre de 2020 (36,6%). Já o número de trabalhadores sem carteira assinada chegou a 13,5 milhões, alta de 2,6%.
Com mais pessoas empregadas, o rendimento médio real também subiu, alcançando R$ 3.477 — o maior já registrado pelo IBGE. Esse valor representa aumento de 1,1% em relação ao trimestre anterior e de 3,3% na comparação anual. A massa de rendimentos (soma total dos salários) chegou a R$ 351,2 bilhões, valor recorde.
A Pnad Contínua divulgada nesta quinta foi a primeira a incorporar a nova ponderação baseada nos dados do Censo Demográfico 2022. Segundo o IBGE, a atualização é um procedimento técnico comum, que visa garantir maior precisão às estimativas populacionais e trabalhistas.
Com informações da Agência Brasil