O comércio varejista de Roraima projeta o melhor desempenho para o Dia dos Pais em duas décadas. Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado pela Fecomércio/RR, as vendas devem alcançar R$ 16,8 milhões no Estado em 2025. Caso a previsão se confirme, será o maior volume de vendas para a data desde o início da série histórica, iniciada em 2005.
A projeção representa um aumento de 2,5% em relação ao Dia dos Pais de 2024. O economista e assessor da Fecomércio-RR, Fábio Martinez, aponta que a expansão é impulsionada principalmente pela melhora no mercado de trabalho e pelo aumento da confiança dos empresários.
“O aquecimento do mercado de trabalho estimula o consumo e fortalece o varejo. Além disso, o empresário do comércio está mais otimista, especialmente após a melhora nos indicadores econômicos registrada em julho. Esse cenário permite melhor planejamento, inclusive com foco nas contratações temporárias típicas do segundo semestre”, destacou.
Vestuário lidera intenção de compra
Entre os segmentos mais beneficiados, o setor de vestuário, calçados e acessórios aparece na liderança, com expectativa de vendas de R$ 6,9 milhões — o equivalente a 41,3% do total. Em seguida estão os setores de farmácias, perfumarias e cosméticos (20,1%) e de utilidades domésticas (16,1%).
O presidente do Sistema Fecomércio-Sesc-Senac-IFPD, Ademir dos Santos, ressaltou que datas comemorativas como o Dia dos Pais movimentam não só o comércio, mas também a economia como um todo.
“É uma oportunidade para aumentar as vendas, gerar empregos temporários e fortalecer o setor de serviços. Estamos confiantes com o desempenho deste ano”, afirmou.
Cesta do Dia dos Pais ficará mais cara
Apesar da expectativa positiva, os consumidores devem enfrentar uma alta nos preços. A cesta de produtos e serviços mais consumidos no período deve encarecer 5,8%, segundo a CNC — acima da inflação acumulada de 5% no período medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).
Entre os itens com maior aumento estão alimentação fora de casa (+8,2%), livros (+6%) e perfumes (+5,5%). Por outro lado, alguns produtos terão queda de preço, como televisores (–1%), bebidas alcoólicas (–1,3%) e aparelhos telefônicos (–1,5%).
A orientação da CNC é que o consumidor compare preços e busque promoções para evitar gastos excessivos.