Agentes da Delegacia de Polícia Interestadual (Polinter) prenderam no município de Cantá, Centro-Leste de Roraima, um indígena condenado a mais de 30 anos de prisão por estupro de vulnerável. A prisão ocorreu no âmbito da Operação Protetor, lançada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). As informações foram divulgadas pela Polícia Civil neste domingo (4).
Condenado pela Vara de Crimes contra Vulneráveis, o homem, de 50 anos, foi preso na sexta-feira (2) na zona rural do município. A operação policial foi coordenada pelo delegado titular da Polinter, Alexandre Matos.
De acordo com a denúncia, em 2015, “em uma casa localizada na Comunidade Indígena da Malacacheta, no Cantá, o acusado, tio-avô da vítima, praticou ato libidinoso diverso da conjunção carnal contra uma criança de 9 anos, aproveitando-se da ausência do genitor dela. Em 2017, quando ela tinha 11 anos, ele a levou para um matagal e, mediante violência, cometeu novos atos libidinosos”.
Em 19 de novembro de 2020, na residência da vítima, então com 14 anos, o acusado voltou a cometer o crime. Após o terceiro episódio, a vítima gritou por socorro e revelou os abusos à família. Ele negou as acusações, mas a Polícia Civil instaurou inquérito e o indiciou, encaminhando o caso à Justiça.
Inicialmente, o indígena foi condenado a 37 anos, 6 meses e 20 dias de reclusão em regime fechado. No entanto, a pena foi reduzida para 30 anos, 10 meses e 14 dias, após recurso que, transitado em julgado, decretou sua prisão por sentença condenatória.
O homem foi encaminhado para audiência de custódia no sábado (3) e, posteriormente, ao sistema prisional para cumprimento da pena.