Roraima exportou, no domingo (21), energia elétrica para o Sistema Interligado Nacional (SIN) pela primeira vez, indicando que a produção local superou o consumo. Foram transferidos 27 megawatts (MW) após a energização do Linhão Manaus–Boa Vista, que consolidou a integração do Estado ao restante do país.
A conexão com o SIN abre uma nova etapa no desenvolvimento regional e fortalece a posição de Roraima como um potencial polo energético e logístico da Amazônia. O projeto teve investimento de R$ 3,3 bilhões, dos quais R$ 2,5 bilhões foram financiados com recursos do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), por meio dos fundos FNO e FDA.
“O grande negócio do linhão não é só Roraima estar no sistema nacional, mas criar condições para atrair investimentos e, no futuro, disponibilizar energia ao SIN. Queremos transformar essa capacidade em uma regra e fazer dela o grande negócio do Estado”, afirmou o secretário de Atração de Investimentos, Aluízio Nascimento.
A linha, em circuito duplo de 500 kV, liga as subestações Lechuga, Equador e Boa Vista. Inicialmente, cerca de 55% da carga será atendida pelo SIN. O restante seguirá sendo suprido por usinas locais até o fim dos contratos vigentes.
A expectativa é que, com fornecimento estável, novos negócios se consolidem no Estado, como agroindústrias, data centers e projetos de irrigação. Além disso, a substituição das termelétricas a óleo diesel deve gerar economia de até R$ 500 milhões por ano na Conta de Consumo de Combustíveis (CCC), paga por todos os brasileiros.
