Está prevista para 8 de setembro a fase de testes de energização do Linhão Manaus–Boa Vista, que interligará Roraima ao Sistema Interligado Nacional (SIN). O empreendimento possui 724 quilômetros de extensão e três subestações: Lechuga, Equador e Boa Vista.
Entre 18 e 22 de agosto, técnicos da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) fiscalizaram as obras da Transnorte Energia, responsável pela implantação do projeto. A vistoria abrangeu as subestações, os sistemas auxiliares em corrente alternada e contínua, além de elementos da linha de transmissão, como o aterramento dos pés de torres, travessias e transposições.
Também foi inspecionado um trecho de aproximadamente 120 quilômetros localizado dentro da Terra Indígena Waimiri Atroari. Segundo a Aneel, as obras estão em fase final, com o comissionamento em ritmo acelerado para viabilizar os testes na data prevista.
O projeto foi licitado em setembro de 2011, tendo como vencedor o consórcio Boa Vista, formado por Eletronorte e Alupar. Após anos de entraves ambientais e indígenas, as obras avançaram de forma efetiva apenas em 2021 e 2022, com a obtenção das licenças necessárias.
Com investimento de R$ 2,6 bilhões, o linhão deverá eliminar o tráfego diário de cerca de 120 caminhões-tanque que transportam óleo e gás para abastecer usinas térmicas em Manaus e Boa Vista. A entrada em operação do sistema poderá gerar uma economia estimada de R$ 1 bilhão por ano na conta de luz dos consumidores brasileiros, ao reduzir o uso de termelétricas cujo custo é compartilhado nacionalmente.