Três destróieres da Marinha dos Estados Unidos devem se posicionar próximos à costa da Venezuela ainda nesta semana, conforme informaram autoridades americanas à agência Reuters. As embarcações são equipadas com sistema de mísseis guiados Aegis e integram uma ofensiva militar liderada pelo governo do presidente Donald Trump contra o narcotráfico internacional.

Segundo Washington, a ação visa enfrentar cartéis latino-americanos que operam como redes terroristas transnacionais. Paralelamente, a Casa Branca declarou que Trump está preparado para usar “toda a força americana” contra o regime de Nicolás Maduro, que foi classificado como um “cartel narcoterrorista” pela porta-voz Karoline Leavitt.

Desde fevereiro, Trump passou a designar grupos como o Cartel de Sinaloa (México) e o Tren de Aragua (Venezuela) como organizações terroristas estrangeiras. Essa classificação permite ações militares fora do território americano.

A operação contará com cerca de quatro mil fuzileiros navais e marinheiros deslocados para o Caribe e América Latina. A ordem foi autorizada por uma diretriz presidencial assinada em sigilo e prevê a captura de membros de cartéis em águas internacionais ou espaços aéreos monitorados.

Em resposta, o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou a mobilização de 4,5 milhões de milicianos para “garantir a cobertura de todo o território nacional”. O plano foi anunciado em rede nacional, sem detalhes operacionais.

O governo venezuelano também acusou os EUA de violar direitos de migrantes, alegando que 66 crianças venezuelanas permanecem “sequestradas” após separação dos pais em processos de deportação. Caracas exige o retorno imediato dos menores.

Além disso, no começo do mês, Trump anunciou o aumento da recompensa pela captura de Maduro: de US$ 25 milhões para US$ 50 milhões. O líder venezuelano é acusado de envolvimento direto no tráfico internacional de drogas e armas.

Com informações de InfoMoney