A Polícia Civil de Roraima (PCRR) deflagrou, nas primeiras horas da manhã desta terça-feira (25), a Operação Fim de Dança II para desarticular a atuação do Primeiro Comando da Capital (PCC) no estado.

A ação é coordenada pela Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e realizada de forma integrada com o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Roraima (MPRR). Ela também faz parte da 3ª Operação Nacional da Rede Nacional de Unidades Especializadas de Enfrentamento às Organizações Criminosas (Renorcrim).

No total, estão sendo cumpridas 77 ordens judiciais, sendo 22 mandados de prisão preventiva e 55 de busca e apreensão, em seis municípios de Roraima — Boa Vista, Mucajaí, Iracema, Caracaraí, Rorainópolis e São João da Baliza — além de endereços no estado de São Paulo.

A ofensiva mobiliza 295 policiais civis, incluindo 51 delegados, distribuídos em 95 viaturas. A instituição descreve a operação como uma das maiores já realizadas em Roraima no enfrentamento ao crime organizado.

O delegado Wesley Costa de Oliveira, titular da Draco, afirmou que a investigação mira diferentes níveis da estrutura criminosa.

“Ao todo, são 64 endereços alvo nesta manhã. Essa investigação representa um duro golpe contra o PCC em Roraima”, disse.

Segundo ele, o trabalho é resultado de meses de apuração.

“É a continuidade de um trabalho iniciado anteriormente, que atinge tanto o núcleo operacional quanto o financeiro do grupo”, afirmou.

O delegado destacou ainda a importância da atuação conjunta com o Ministério Público.

“A participação do Gaeco foi essencial nas análises e representações judiciais.”

O briefing da operação ocorreu durante a madrugada no auditório do Corpo de Bombeiros Militar de Roraima (CBMRR) e contou com a presença da delegada-geral Darlinda de Moura Viana, do delegado-geral adjunto Luciano Silvestre, do coordenador do Gaeco, Joaquim Eduardo Santos, e do promotor André Bagatim.

A delegada-geral ressaltou o impacto da ofensiva.

“Essa megaoperação é fruto de uma investigação completa da Draco, que durou mais de seis meses. É a maior operação que a Polícia Civil de Roraima já fez e uma das mais importantes contra uma facção criminosa. Estamos atingindo todo o núcleo da organização.”

O coordenador do Gaeco, Joaquim Eduardo Santos, também destacou o caráter integrado da ação.

“Essa é uma operação conjunta e qualificada. Ela busca impedir que estes indivíduos continuem praticando males contra a sociedade, especialmente aqueles que estruturam e executam práticas criminosas.”

A Polícia Civil informou que o balanço final será divulgado após o encerramento das diligências.